O FUNERAL DOS COMUNS
Net 7 Mares
Plúmbea
tarde... Segue o féretro além...
Às
exéquias dos tímidos, derrotados,
Os
que, em vida, mortos eram, insepultados,
Que
viveram a dizer, a tudo, "amém".
«
A
bandeira que empunhavam era o consenso
Do
imutável "nosso pão de cada dia".
Aos
seus pares, ser igual, era a valia
Que
guardavam nos seus cofres de bom senso.
«
Se
lutavam, só lutavam em entrelinhas,
Se
clamavam, só clamavam alegorias,
Dando,
aos outros, as fingidas alegrias
«
Das,
hipócritas de sempre, louvaminhas...
Plúmbea
tarde que, na cor acinzentada,
Dá,
aos mortos, a cor deles: cor do nada.
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