SONETO PROPAROXIBÊBEDO
Net 7 Mares
A bela madeirense, em seu sorriso esplêndido,
Deixou entusiasmado a mim, poeta mísero,
Que, crente neste amor longínquo, oceânico,
Vislumbra u'a Madeira mais próxima e íntima.
E, amando-a, não arredo os olhos do Atlântico,
Pois, quando o sol se põe em rubros raios fúlgidos,
Desenha-me, no céu, em cor e em linhas nítidas,
Imagens que alimentam o sonho em meu espírito.
O astro rei aquece o meu sonhar onírico,
Trazendo-me a musa envolta em raios cálidos,
Que, em beijos, me embriaga e lança-me em êxtases;
E, ao fim, num panorama plácido e lânguido,
Na areia, jaz, inerme, um poetaço bêbedo,
Enquanto, no horizonte, o sol se esconde, cínico
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