FLOR DE LIS


FLOR DE LIS
Net 7 Mares

Te quero comigo, como eu sempre quis,
Para, tendo-te presa, envolta em meus braços,
Despir teus pudores com gestos devassos,
Decidido a busca meu troféu Flor de Lis;

Preencher com volúpia os cantos e espaços
De teu corpo, a fazer-te minha meretriz;
Ler nos teu olhos o que a boca não diz;
Romper teus tabus, desatar-te dos laços

E, submetendo-te a estranhos compassos,
Flagrar em tua face o róseo matiz
De ver-se rainha em poses servis,

Por mim conquistada nos tons violáceos
Das marcas dos beijos em pontos esparsos...
Flor despetalada, vencida e feliz.

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Um comentário:

  1. O que dizer de um soneto parnasiano deste quilate, senão parabenizar o poeta?
    Ainda se fazem sonetos como nos bons tempos, são raros, mas às vezes, primorosos!

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